Como avaliar o sucesso de um treinamento?

Quais são as habilidades mais importantes a serem ensinadas em escolas e empresas, para preparar as pessoas para o futuro?

Segundo Alex Beard, autor do livro Natural Born Learners, as pessoas precisam ser formadas em 3 aspectos:

  1. Aprender a pensar de maneira condizente com os desafios do futuro;
  2. Aprender a agir como pessoas criativas;
  3. Aprender a usar a criatividade na solução de problemas que o mundo enfrenta;

Nesse contexto, as empresas estão investindo na educação corporativa. Mas é importante planejar e implantar soluções que sejam aderentes ao perfil e necessidades dos colaboradores.

A educação corporativa é uma iniciativa estratégica que tem como objetivo capacitar os colaboradores para reduzir custos e obter rapidez na formação de mão de obra estratégica.

Trata-se de uma prática de gestão de pessoas para promover o desenvolvimento dos colaboradores, a gestão do conhecimento e o crescimento da empresa. Este artigo apresenta um modelo – conhecido como modelo de Kirkpatrick para avaliar o sucesso de uma experiência de aprendizagem.

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Critérios de sucesso da educação corporativa

Ao planejar e executar iniciativas de educação corporativa, é importante, além de levantar as necessidades de treinamento pensar nos critérios de sucesso que essas iniciativas devem atender.

De que consiste um treinamento corporativo de sucesso? O conceito de sucesso pode variar de pessoa para pessoa e até mesmo entre empresas diferentes. Em linhas gerais, usamos quatro indicadores de sucesso de um treinamento empresarial.

1) Feedback dos próprios colaboradores

O primeiro indicador de sucesso de um treinamento deve vir dos próprios funcionários. Antes de iniciar um programa de treinamento, um planejamento deve ser feito para coletar informações do público alvo, bem como identificar as melhores práticas para gerar engajamento em iniciativas de treinamento.

  1. O treinamento será presencial ou on-line?
  2. Como o público aprende melhor?
  3. O que precisa ser ensinado?
  4. Que técnicas devem ser usadas?
  5. Quanto tempo será necessário?

Após a realização do treinamento, avaliações de reação devem ser realizadas para comparar os resultados obtidos com o planejado.

  1. Os alunos gostaram do treinamento?
  2. Foi útil para eles?
  3. O conteúdo foi passado de maneira interessante?
  4. Gostaram do professor, da didática, da forma de apresentação do conteúdo?

A probabilidade de uma pessoa se engajar e aplicar os conhecimentos obtidos em um treinamento é baixa se ela não gostar das aulas e não considerar o conhecimento útil ou interessante.

Para atingir esse primeiro indicador de sucesso em iniciativas de educação corporativa, questões relacionadas às metodologias propostas pelos cursos devem ser melhor estudadas e ajustadas de forma que tanto o conteúdo quanto a forma de ensino e o ambiente estejam conectados às necessidades e perfis do público alvo.

Se a empresa optar pelo ambiente de ensino on-line, tanto a metodologia de elaboração do curso quanto a plataforma devem ser planejados. 

2) Mudança da linguagem

Muitos treinamentos consideram apenas a presença dos colaboradores para emissão de certificado, não aferindo se eles de fato assistiram ao treinamento e compreenderam o que foi ensinado.

Para que o treinamento cumpra com seu objetivo, que é aprimorar as habilidades dos colaboradores, cabe à gestão verificar se, durante o programa de treinamento, os participantes estão assimilando e compreendendo o conteúdo.

A mudança da linguagem é uma forma de explicitar que o funcionário compreendeu o conhecimento passado a ele por meio do treinamento. Em treinamentos presenciais, é possível perceber mudanças de linguagem nas conversas em pausas para coffee breaks ou em conversas informais, por exemplo.

Em iniciativas de educação corporativa EAD, é importante que as metodologias e ferramentas incentivem a interação entre os participantes para que eles possam ter a oportunidade de, no mínimo, reproduzir ideias que aprenderam.

Atividades de verificação de aprendizagem com níveis de dificuldade diferentes e crescentes, compatíveis com o nível de habilidade dos funcionários, também são importantes. As vantagens das iniciativas EAD é que elas permitem aferir de forma automática, com feedbacks imediatos para o aluno, a compreensão do conteúdo.  

3) Capacidade de aplicar o que foi aprendido na empresa

Não basta gostar e compreender os conceitos passados no programa de desenvolvimento. De fato, essas questões são pertinentes, mas são a apenas a base para o que é fundamental: os funcionários conseguem resolver parte dos problemas que lidam no dia-a-dia com o que aprenderam?

Eles precisam saber usar o que aprenderam dentro do contexto apropriado. De que adianta o funcionário conhecer algo se não consegue usar para solucionar problemas?

Para conseguir atingir esse indicador, o conteúdo do treinamento deve ser bem preparado de forma a mostrar não apenas conceitos, mas também a aplicação desses conceitos, especialmente no contexto da empresa em que o treinamento está sendo ministrado.

Boas práticas sugerem uso de muitos exemplos reais, histórias e casos de sucesso e de fracasso. As pessoas gostam de histórias e exemplos, pois eles ajudam na associação entre os conceitos e a aplicação.

4) Melhoria da performance ou produtividade da empresa

Esse indicador pode ter um retorno de médio ou longo prazo. De qualquer maneira, é importante ter em mente que ele não é atingido sem os outros três.

Logo, as pessoas precisam primeiro gostar do treinamento e considerá-lo útil, conhecer os conceitos, mudar sua forma de pensar e sua linguagem, conseguir aplicar na empresa para então a organização se beneficiar disso. Existe um caminho a trilhar e não é possível queimar etapas.

A educação corporativa é muito mais do que um simples treinamento empresarial oferecido por uma empresa aos seus funcionários. Ela está relacionada ao  aumento da competitividade de seus produtos ou serviços, bem como ao aumento da motivação e engajamento.

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