Escrito por Fabiana Bigão Silva
Se há uma característica atualmente capaz de alavancar uma empresa ou salvá-la de um fracasso, ela se chama agilidade. Em todas as searas, mas especialmente no mundo dos negócios, o ritmo de mudanças está tão acelerado que a organização que não acompanhar e souber se adaptar com rapidez estará fadada ao insucesso.
Antes de qualquer adaptação, porém, é preciso entender as novidades. O que significa dizer que a aprendizagem corporativa deve ser ainda mais ágil do que a mudança, certo? Aprender com agilidade implica criar e consumir conteúdo rapidamente e de forma eficiente. As organizações que ainda não assimilaram essa tendência estão atrasadas.
O que é aprendizado ágil
A capacidade de aprender rapidamente e se ajustar às características de um ambiente de negócios é, antes de tudo, uma competência das corporações. Agilidade para acompanhar indicadores relevantes e aprender com eles, propor e implementar mudanças e engajar colaboradores nessa jornada de aprendizado pode garantir boa dose de competitividade a uma empresa.
Em uma entrevista à revista Época Negócios em maio de 2021, o sócio sênior da consultoria McKinsey, Harry Robinson, afirmou que as empresas mais bem-sucedidas são aquelas que não se apegam às mesmas formas de fazer as coisas e que são capazes de redesenhar a evolução do negócio, com disponibilidade para realocar rapidamente e em grande escala tanto seu capital como seus recursos humanos.
Na mesma entrevista, ele comenta que o índice de fracasso nos processos de transformação das companhias atualmente chega a 70%. Entre as razões estão o baixo entusiasmo e a falta de habilidades necessárias para implementar as mudanças por parte dos colaboradores.
As equipes precisam ganhar agilidade (e disposição) para aprender e executar as mudanças em tempo recorde, segundo a sócia da Viddia, Fabiana Bigão. Afinal, se tudo se transforma rapidamente, os times corporativos precisam aprender a se transformar junto. “As organizações focadas na aprendizagem são naturalmente mais inovadoras”, conclui Fabiana. Ela alerta, ainda, que não só rapidez, mas engajamento são fundamentais para a eficiência do aprendizado.
Não há outro caminho para as empresas que querem se manter firmes e sólidas no mercado, portanto, do que criar uma cultura de aprendizado ágil (agile learning). Se sua organização ainda não pensou no assunto, é hora de começar.
Construindo uma cultura de aprendizado ágil (agile learning)
Ao contrário do que parece, criar uma cultura de aprendizado ágil (agile learning) não é assim tão complicado. Especialmente se a empresa já segue alguns dos passos a seguir:
1) Aprendizagem contínua
Estabelecer uma cultura de aprendizagem contínua e reforçar essa visão entre os colaboradores é o primeiro passo para acelerar o ritmo da educação corporativa. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com uma cultura de aprendizado contínuo nas empresas os colaboradores aprendem a aprender, tornam-se mais criativos, cooperativos e comprometidos com o próprio
desenvolvimento.
A forma como as organizações comunicam-se umas com as outras e com seus colaboradores deve incorporar essa mentalidade de aprendizado.
2) Apoio ao aprendizado entre pares
Se a empresa tem especialistas em seu quadro funcional, pode estar com uma oportunidade de ouro nas mãos de contar com a expertise desses trabalhadores no treinamento de colegas.
A aprendizagem entre pares permite maior flexibilidade às organizações, incentiva a cultura de aprendizado e ainda estimula a motivação, pois mostra que a empresa valoriza as habilidades de seus colaboradores.
3) Projetos em equipe
Incentivar o relacionamento entre os colaboradores por meio da concepção de projetos a serem executados em grupos pode ser bastante produtivo para o aprendizado de novas habilidades pelos membros da equipe.
Além disso, essa iniciativa fortalece as relações de trabalho, uma vez que estimula os trabalhadores a conversarem entre si para buscar cooperação.
4) Estímulo aos recursos de aprendizagem rápida
Ter a tecnologia como aliada é sem dúvida uma ação inteligente para empresas que desejam um treinamento corporativo eficaz, especialmente quando direcionado a colaboradores jovens. Uso de LMS, incorporando elementos de jogos e outros recursos capazes de engajar os participantes é uma estratégia que se encaixa particularmente bem ao perfil das gerações Y e Z.
5) Ambiente de aprendizagem personalizado
Aliar o uso de LMS a um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) permite às organizações oferecerem um programa de aprendizado mais adequado às necessidades de cada colaborador e, por esse motivo, mais motivador. Ao personalizar e acompanhar os resultados de um treinamento é possível fornecer informações corretas e úteis a cada um.
6) Aprendizagem móvel
Para abraçar de vez a nova tendência da educação corporativa, basta combinar os recursos de ensino a distância disponíveis – LMS com gamificação, videoaulas, microlearning, etc. – com a flexibilidade do mobile learning.
Ter a possibilidade de levar e acessar o conhecimento em qualquer lugar, a qualquer momento, dá agilidade ao processo de aprendizagem e contribui para instituir a cultura do aprendizado ágil. Em tempos digitais, a maioria dos colaboradores deseja aprender em um dispositivo móvel e espera que os aplicativos e sites sejam otimizados para isso.
7) Diminuindo a quantidade de conteúdo
É claro que, se as pessoas precisam receber informação rapidamente a fim de colocá-la em prática em curto espaço de tempo, o conteúdo deve ser o mais enxuto possível. Nesse aspecto, nenhum recurso ganha do microlearning, que permite compactar informações relevantes em 5 a 10 minutos e oferecê-la em pílulas aos participantes.
Com ele, os colaboradores conseguem encontrar uma resposta e realizar sua tarefa em pouco tempo, e ainda aprendem algo novo.
8) Informalidade
É importante lembrar que a aprendizagem acontece em todos os momentos e em qualquer lugar, e não apenas no ambiente corporativo ou escolar. Na verdade, a maior parte do conhecimento é obtida pelas pessoas assistindo aos outros, explorando o mundo ou apenas conversando.
Quando as empresas capturam a essência do aprendizado informal e fazem dele parte da rotina de seus trabalhadores, estão construindo a tão desejada cultura de aprendizado ágil.
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