Uma boa recepção pode ser decisiva na educação corporativa e na produtividade dos novos colaboradores
Receber bem os colaboradores recém-contratados em uma empresa não é apenas uma maneira de ser educado ou de causar boa impressão nos novatos. É também uma estratégia de produtividade e retenção de talentos.
Afinal de contas, nada pode ser mais desmotivador para alguém que acaba de chegar do que sentir que não é bem-vindo ou que sua presença é indiferente na organização.
Por isso, ter um bom processo de onboarding tornou-se indispensável para introduzir os recém-contratados na cultura e nos fluxos de trabalho da empresa e garantir que eles comecem com o pé-direito sua nova função.
Mas o que é o onboarding?
Onboarding, que em uma tradução livre para o português significa “embarcando”, refere-se ao processo de integração de novos funcionários em uma empresa.
As práticas de onboarding têm como objetivo apresentar a cultura corporativa e facilitar a adaptação desses empregados ao novo ambiente de trabalho. “Integrar é parte da gestão de pessoas. Um tratamento vip no primeiro dia de emprego mantém o funcionário entusiasmado por estar na empresa”, diz a professora e consultora em Recursos Humanos Roselúci Mafia.
Ela explica a importância do onboarding no engajamento e na produtividade do trabalhador. “Quando as pessoas são bem recebidas, acolhidas e integradas em uma empresa, elas ficam. E ficam bem, querendo fazer o seu melhor.”
Um processo de integração bem feito, portanto, precisa contemplar atividades abrangentes que permitam aos colaboradores entender que atitudes, conhecimentos, habilidades e comportamentos estão sendo esperados deles na empresa.
Benefícios do onboarding
Com uma boa prática de onboarding, trabalhadores e empresas só têm a ganhar. O primeiro benefício é, obviamente, a integração do recém-contratado ao time. Promover um encontro especial para introduzir os novos colaboradores, por exemplo, ajuda a diminuir o desconforto e a melhorar o clima organizacional.
Outras contribuições do onboarding que também são valiosas para as empresas são:
Motivação: quando o colaborador é bem recebido e passa por um procedimento adequado de integração, ele se sente seguro e mais motivado a contribuir com a empresa.
Retenção de talentos: profissionais competentes tendem a permanecer mais tempo na empresa quando conhecem desde o início a cultura e o funcionamento da organização.
Redução da rotatividade: do mesmo modo que ajuda a reter os talentos, o onboarding contribui para evitar a evasão. Conhecer o que encontrará no dia a dia do trabalho facilita a adaptação e reduz a chance de desistência pelo empregado.
5 dicas para criar o treinamento de integração ideal
Para cumprir o que propõe de forma efetiva, o onboarding deve abranger ações estruturadas de orientação, supervisão, acompanhamento e treinamento corporativo. Em todas as etapas, seguir algumas pistas pode ajudar a garantir o sucesso dessa receita:
1. Compartilhar a cultura da empresa
Um programa de integração nunca deve restringir-se a orientações e treinamento de habilidades. Mais do que isso, o onboarding precisa ser a oportunidade perfeita para apresentar aos contratados a visão, a história e a cultura da companhia. Ele deve dar conta de explicar ao recém-chegado não apenas as responsabilidades de seu cargo, mas os valores da empresa. Assim, o novo colaborador se sentirá parte de algo maior do que meramente um emprego.
2. Levantar necessidades e personalizar o programa
Em vez de oferecer um pacote fechado de cursos, o orboarding ideal deve levantar as necessidades dos alunos e personalizar o programa para suprir as lacunas de habilidades de cada um. Uma boa estratégia é, com base nos lapsos de conhecimento detectados, dividir a turma em grupos e fornecer a eles um treinamento individualizado.
3. Envolver os funcionários seniores
É bastante produtivo envolver os funcionários mais experientes da empresa no programa de integração de novos colaboradores, seja on-line ou presencialmente. É sempre melhor para os novatos aprender uma técnica específica da área com os colegas do que por meio de um corpo pronto de conteúdo de e-learning. Além disso, reunir e conectar os funcionários seniores e os recém-contratados nas sessões de treinamento contribui para fortalecer a integração.
4. Valorizar o potencial do e-learning
Dar aos alunos a liberdade para estudar na hora e no lugar que quiserem é uma excelente maneira de aumentar o envolvimento não apenas no onboarding, mas em qualquer programa de treinamento empresarial.
A dica de ouro, portanto, é investir em uma plataforma LMS para realizar a integração on-line dos novos empregados. Mesmo porque, é importante lembrar que o onboarding é apenas uma das etapas de uma jornada que inclui vários outros tipos de treinamento: pré-emprego, habilidades, compliance, certificações, liderança e muito mais. E todas essas etapas serão beneficiadas se a empresa contar com uma boa plataforma LMS.
5. Monitorar o progresso do onboarding
O processo de onboarding deve ser monitorado o tempo todo. Isso é essencial para avaliar se os alunos estão progredindo e, caso seja necessário, executar mudanças de rumos. Quando o programa de treinamento corporativo é desenvolvido em ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), uma ótima maneira de fazer esse acompanhamento é por meio dos relatórios da plataforma LMS. Eles permitem verificar como os participantes estão se saindo coletivamente e individualmente. Para isso é preciso ficar de olho tanto nas notas e nas conclusões do curso como nos indicadores do esforço de estudo, como o número de logins, a frequência das sessões e o tempo gasto no estudo.
Se o LMS utilizado oferecer suporte à gamificação, é importante verificar também as pontuações dos alunos e a classificação geral. Todas essas informações ajudarão a identificar alunos que estão vacilantes ou com problemas para progredir e a prestar a assistência adicional – possivelmente com um plano de aprendizado personalizado.
Cuidados para garantir o sucesso de um onboarding
Uma queixa comum relacionada ao onboarding é o excesso de informação que é transmitido aos novos colaboradores em um curto espaço de tempo. É que, em geral, os programas de integração são realizados em poucos dias, o que é criticado por especialistas em educação corporativa. “Tentar transferir muito conhecimento e em alta velocidade para pessoas que acabaram de chegar é uma estratégia que não funciona”, avalia o diretor de tecnologia da Viddia, Ricardo Drummond.
Segundo ele, seria mais eficiente para todos se as empresas adotassem programas de duração mais longa (três meses, por exemplo) em vez de bombardear os novos funcionários com onboardings de 15 dias, como em geral acontece.
Uma boa opção, na visão de Ricardo Drummond, é adotar o microlearning, que nada mais é do que o processo do onboarding distribuído em pílulas de conteúdos ao longo de um intervalo maior de duração. “Pequenas doses de conhecimento para ser utilizado na rotina de trabalho do dia seguinte. Esse seria o modelo ideal”, conclui.
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