Como obter vantagem competitiva com e-learning

Nem é preciso dizer o quanto a era digital pós pandemia COVID-19 mudou a vida das pessoas.

Naturalmente, essas mudanças já chegaram ao ensino, expandindo os horizontes da tradicional fórmula aluno e professor em sala de aula para novas maneiras de interação em meios virtuais. E não apenas nas escolas e nas universidades.

Recursos de e-learning, ou aprendizagem eletrônica, na tradução para o português, são cada vez mais explorados por empresas para a educação corporativa.

De acordo com a empresária da Viddia Fabiana Bigão, o e-learning permite o uso da educação a distância de maneira efetiva em treinamento e desenvolvimento de pessoas. “Trata-se de algo da mais vital importância em um cenário de escassez de talentos”, salienta.

Antes de aplicar essa inovação na empresa, porém, é importante entender melhor o que é, como funciona e de que maneira ela pode contribuir para o desenvolvimento de pessoas nas organizações.

O que é e-learning

De maneira simplificada, o e-learning nada mais é do que a aprendizagem promovida por meio eletrônico. O termo é utilizado para nomear cursos, aulas, palestras, treinamentos ou qualquer outra atividade ligada à educação que seja realizada em plataformas digitais de ensino.

Nesse modelo, portanto, a interação do estudante com o conteúdo didático ocorre em um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Além de uma série de ações similares às que ocorreriam no ensino presencial, como interagir com colegas e assistir à fala do professor, o e-learning traz outras possibilidades, como o uso de gamificação e o acesso on-demand.

Doutora com foco em EAD e Gamificação, Fabiana Bigão alerta, entretanto, que não se deve confundir e-learning com Ensino a Distância (EAD). “Não está errado dizer que conteúdos oferecidos em AVA são uma forma de educação a distância, mas os dois termos não são sinônimos”, diz.

EAD, segundo ela, tem um conceito mais amplo, que inclui igualmente o ensino por correspondência e o telecurso, por exemplo. “O e-learning, portanto, representa o estágio mais avançado do EAD”, conclui Fabiana Bigão.

Leitura recomendada: se você quiser conferir mais sobre o cenário da educação corporativa digital, baixe nosso e-book Universidade Corporativa Digital.

Como aplicar e gerenciar o e-learning

Para planejar, executar e monitorar os cursos e programas de treinamento em um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é necessário que haja um sistema de gerenciamento.

Esse sistema é conhecido como Learning Management System (LMS), plataforma LMS, ou plataforma EAD. É por meio dele que as atividades serão estruturadas e geridas.

Atualmente, as plataformas LMS podem ser adquiridas como produto digital. “Assim, se uma empresa pretende elaborar um treinamento, mas não quer ter o trabalho e os custos de desenvolver o ambiente virtual, ela pode comprar o acesso a um serviço desse tipo”, esclarece Fabiana Bigão.

Em que áreas vem sendo utilizado

Todo o potencial que as ferramentas de e-learning oferecem abre portas para sua aplicação em diversos segmentos e com distintos objetivos. Algumas dessas finalidades são:

Onboarding

A integração de novos colaboradores das empresas envolve muitas ações de treinamento: como funciona a empresa, sua cultura, as políticas, sistemas a serem usados, práticas de segurança, dentre tantas informações.

Para empresas com muitos colaboradores ou com alta rotatividade, os treinamentos de integração, ou onboarding, precisam ser repetidos inúmeras vezes ao longo do ano. O uso do e-learning não apenas reduz os custos, como permite uma maior escalabilidade. Isso porque, uma vez produzido um treinamento, ele é disponibilizado imediatamente para um número ilimitado de participantes.

Formação continuada

Já na educação continuada, que inclui especialmente os cursos de atualização em determinadas habilidades e aquisição de novas competências, o e-learning tem sido aplicado por empresas em suas plataformas de educação corporativa.

Programas de certificação

As certificações são selos que atestam as competências de indivíduos ou entidades. Normalmente, elas são concedidas por instituições reconhecidas em seu segmento, que podem validar conhecimentos, habilidades e atitudes para o mercado.

Além de auditorias, análises de documentos e provas, as entidades certificadoras frequentemente oferecem qualificação para aproximar os interessados dos padrões de qualidade exigidos.

Nesse campo, o uso do e-learning não só facilita o acesso aos programas de qualificação como simplifica o processo de certificação.

O e-learning na educação corporativa

Em um cenário de escassez de talentos como o de hoje – no Brasil, pesquisa de 2018 do ManpowerGroup aponta que 34% dos empregadores têm dificuldades em preencher vagas e que, entre os motivos principais, está a falta de competência técnica (33%) e comportamental (19%) –, a educação corporativa torna-se desafiadora.

Fazer uma boa gestão de competências e investir no desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais é uma saída estratégica para esse problema.

“O RH deve identificar quais são as competências necessárias para um ou mais cargos, avaliar os colaboradores para entender o gap entre os patamares esperados e os percebidos e, por fim, utilizar a educação corporativa para reduzir essa distância”, salienta Fabiana Bigão.

Para isso é preciso montar uma estrutura adequada para realizar a formação e contar com elementos para promover o engajamento e a motivação dos profissionais. É aí que entra o e-learning. “O principal benefício desse recurso é conceder as condições adequadas para desenvolver uma gestão de competências ajustada às necessidades da estratégia de negócios”, frisa Fabiana Bigão.

Trazendo para a prática

Trazendo para a prática, se a administração de uma empresa pretende aumentar o número de vendas em 15% no próximo ano, por exemplo, a equipe comercial precisará reunir um certo conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes para contribuir com esse objetivo.

Mas se o RH matricular todos os vendedores em um curso livre, as características do produto, os desafios específicos do segmento de mercado, os valores da organização e uma série de outros elementos específicos tendem a ficar de fora.

Além disso, apostar em um roteiro de curso pronto significa, muitas vezes, seguir o cronograma e as atividades definidas por um terceiro. E, certamente, as demandas de horário e esforço dos colaboradores varia entre as organizações.

“Aplicando o e-learning é possível promover uma educação corporativa que realmente consiga lidar com as forças, as fraquezas, as oportunidades e as ameaças dessa empresa”, explica Fabiana Bigão.

Uma situação ideal nesse caso, segundo ela, seria mesclar cursos prontos de qualidade, oferecidos no formato e-learning, com aulas customizadas produzidas para tratar as questões específicas da empresa, como produtos, cultura, entre outros.

Como se pode ver, o e-learning tem várias aplicações. Porém, como todo projeto que gera uma mudança organizacional, deve ser bem planejado para que consiga trazer resultados positivos para a empresa.

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