Quem acompanha o mundo da tecnologia e dos negócios está vendo que IA está na moda. Alguns dizem que vai salvar o mundo e outros que vai exterminá-lo. Provavelmente o resultado estará no meio dos dois.
Os desafios da IA
Um dos maiores desafios da adoção da IA em diversas tarefas do cotidiano empresarial será o mesmo que se apresentará na vida pessoal: aceitar que IA, assim como as pessoas, pode falhar. E, mais do que isso, a definição de falha pode ser muito particular.
Quem acompanhou a história do desenvolvimento da IA viu que, nos primeiros anos, ela evoluiu de forma impressionante em alguns setores.
Os mais conhecidos foram as ações para dominar o mundo dos jogos, como derrotar o campeão mundial de Xadrez e de Go. Será que isso é somente coincidência? Ou será que estes sucessos indicam justamente os maiores desafios? A resposta está, provavelmente, no segundo caso.
A maior parte das questões humanas não apresenta somente uma resposta correta. A não ser em raras exceções, como em matemática ou em jogos deste tipo, para uma pergunta teremos várias respostas possíveis, e qual a melhor resposta dependerá muito de quem a está ouvindo.
Seres humanos gostam de ter suas crenças confirmadas, e não desmentidas. Mecanismos de IA, assim como as crianças, evoluem a partir das informações que são fornecidas a eles e, a partir destas informações, solidificarão conceitos que guiarão suas decisões futuras.
Como um exemplo, vamos supor que será criado um mecanismo de IA para selecionar quais pessoas poderão ou não entrar em um determinado país. Vamos supor também que este mecanismo irá aprender através de notícias publicadas na Internet nos últimos anos.
Provavelmente, este mecanismo criará um pré-conceito com pessoas de religião muçulmana, associando-as ao terrorismo, e passará a rejeitar a entrada destas pessoas no país.
Alguns acharão que a IA estará cumprindo maravilhosamente o seu papel. Outros, que ela está tão errada quanto achar que os torcedores de um time de futebol devem ser todos parecidos com os membros das gangues que formam algumas torcidas organizadas.
É possível fazer o planejamento estratégico com IA?
Então, voltemos à pergunta inicial: o Planejamento Estratégico de uma empresa pode ser feito por meio de Inteligência Artificial? Se acreditarmos que o que foi exposto anteriormente no texto está correto, a resposta será, obviamente, sim e não.
Para aqueles que acreditam que o Planejamento Estratégico é uma ciência exata, que com base em uma pergunta somente uma resposta correta é cabível, poderão acreditar que sim. Aqueles que pensam que Planejamento Estratégico é uma das ciências mais imprevisíveis do mundo dos negócios, provavelmente acreditarão que não.
Mas a resposta parece estar realmente na própria pergunta: o que define a expressão “pode ser feito”?
Um Planejamento Estratégico é, sim, um processo em que não podemos esperar respostas que estão claramente certas nem claramente erradas. O tempo todo, será necessário pesar fatores, incluir ou descartar informações que guiarão as decisões estratégicas que serão tomadas.
Ao fazermos este processo de atribuir pesos e decidir com base nestes pesos, processo que é inerente aos neurônios que compõem nosso cérebro, estamos, inevitavelmente, aceitando a possibilidade de decidirmos de forma incorreta aos olhos de outra pessoa, que, com certeza, atribuiria pesos diferentes.
Assim, um mecanismo de IA “sofrerá” as mesmas dúvidas e “medos” que os humanos sofrem no processo. As decisões tomadas poderão agradar ou desagradar imediatamente os humanos que avaliam estas decisões. E as decisões podem ou não trazer os resultados esperados, o que é inerente ao processo.
Portanto, podem os esperar que, no futuro, IA esteja realizando tarefas tão complexas e interessantes como o Planejamento Estratégico empresarial. Mas, para tanto, teremos que aceitar que ela cometa os mesmos erros que são cometidos por seres humanos.
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