Existem diversas formas de se buscar a inovação e também diferentes tipos de problemas a solucionar, como explica Greg Satell no livro “Mapping Innovation”. O autor afirma que não há um único “caminho” para a inovação e o erro das empresas é achar que podem adotar apenas uma forma de inovar.
Da mesma forma que uma empresa precisa adotar diferentes táticas de marketing e utilizar diversas fontes de financiamento durante o seu ciclo de vida, as empresas precisam ter um portfólio de estratégias de inovação para alcançar seus objetivos.
Satell criou uma matriz de inovação muito interessante baseada em duas dimensões: o quanto o problema está bem definido e o quanto os domínios das habilidades requeridas para solucionar o problema podem ser claramente definidos. O resultado da sua análise são 4 tipos de inovação, explicados abaixo.
Inovação de Sustentação
A maioria das inovações acontece aqui, porque na maioria das vezes estamos buscando melhorar o que já estamos fazendo. Queremos melhorar as capacidades existentes nos mercados existentes, e temos uma ideia bastante clara de quais problemas precisam ser resolvidos e quais domínios de habilidades são necessários para resolvê-los.
Para esses tipos de problemas, estratégias convencionais como mapeamento estratégico, laboratórios tradicionais de P & D e uso de aquisições para trazer novos recursos e conjuntos de habilidades para a organização são geralmente eficazes. O design thinking também é muito usado neste caso. Falamos mais sobre design thinking em outro artigo que pode ser acessado clicando aqui.
Inovação Radical (Breakthrough)
Às vezes, como é o exemplo sobre detecção de poluentes debaixo d’água, nos deparamos com um problema bem definido que é muito difícil de resolver. Em casos como esses, precisamos explorar domínios de habilidades não convencionais, como adicionar um biólogo marinho a uma equipe de projetistas de chips. Estratégias de inovação aberta podem ser altamente eficazes a esse respeito, porque ajudam a expor o problema a diversos domínios de habilidades.
Como Thomas Kuhn explicou em A Estrutura das Revoluções Científicas, avançamos em campos específicos criando paradigmas, que às vezes podem dificultar muito a solução de um problema dentro do domínio em que ele surgiu – mas o problema pode ser resolvido com bastante facilidade dentro do contexto paradigma de um outro domínio.
Inovação Disruptiva
O conceito de inovação disruptiva foi introduzido por Clayton Christensen no livro The Innovator’s Dilemma. Em seu estudo de por que as boas empresas fracassam, ele descobriu que o que normalmente é considerado a melhor prática – ouvir os clientes, investir em melhoria contínua e focar no resultado final – pode ser fatal em algumas situações.
Em suma, o que ele descobriu é que, quando a base da concorrência muda, por causa de mudanças tecnológicas ou outras mudanças no mercado, as empresas podem ser melhores em soluções que as pessoas querem cada vez menos. Quando isso acontece, inovar seus produtos não ajuda, é precido inovar o modelo de negócios.
Mais recentemente, Steve Blank desenvolveu métodos lean de startup e Alex Osterwalder criou ferramentas como o canvas do modelo de negócio e o canvas proposição de valor. Estes são todos os bens essenciais para qualquer um que se encontre na situação descrita por Christensen, e eles estão se mostrando eficazes em uma ampla variedade de contextos.
Pesquisa Básica
Ideias inovadoras nunca chegam completamente formadas. Elas sempre começam com a descoberta de algum novo fenômeno. Ninguém poderia adivinhar como as descobertas de Einstein moldariam o mundo, ou que o computador universal de Alan Turing um dia se tornaria uma coisa real.
Como Neil de Grasse Tyson disse quando perguntado sobre o impacto de uma grande descoberta, “Eu não sei, mas provavelmente vamos descobrir”. As descobertas de Einstein agora desempenham papéis essenciais em tecnologias que vão da energia nuclear às tecnologias de computador.
Algumas grandes empresas, como IBM, Nexa Resorces e Procter & Gamble, possuem recursos para investir em laboratórios para pesquisa básica. Outros, como os DataLabs da Experian, incentivam pesquisadores e engenheiros a participar de conferências e realizar seminários internos sobre o que aprendem.
Dessa forma, ser capaz de alcançar cientistas de ponta pode ajudar um plano de negócios para o futuro, assim como outras abordagens, como design thinking, inovação aberta, inovação de modelos de negócios e outros, podem ajudar a impulsionar um negócio encaminhar se aplicado no contexto certo. Mas nenhuma solução serve para todos os problemas.
Se sua estratégia de inovação está em dificuldades ou não, considere se é porque você se envolveu em uma única abordagem. Há sempre novos problemas para resolver; aprenda a aplicar a solução que melhor se adapta ao seu problema atual.
Fonte: Esse texto foi extraído e adaptado do artigo de Greg Staell. O texto original pode ser encontrado aqui.
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